sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Triste, muito triste!

Como disse aqui, não ia emprestar o dinheiro.
Foi difícil dizer não, sabe? Ele ficou meio chateado, decepcionado e até bravo na hora, mas eu não podia emprestar. Não era justo comigo, com a minha filha e nem mesmo com ele.
Então, dei as coordenadas pra que ele fosse ao banco e fizesse um empréstimo em seu nome. Assim, ele resolveria o problema, e sentiria no bolso.
Deu certo...
Ele fez o empréstimo e, o dinheiro caiu em sua conta na quarta feira.
Não...ele não pagou a quem ele devia. Ele simplesmente fez de novo. No mesmo dia...
Não tenho nem palavras pra descrever a profunda tristeza que sinto por isso, mesmo.
É muito triste você ver uma pessoa definhar por não querer ajudar a si mesmo.
Enfim, na quinta de manhã veio a bomba, de novo no meu colo.
Não aguentei. Rasguei o verbo, disse que não era problema meu, que eu já havia tentado ajudá-lo por 2 anos e, que ele não quis.
Não é justo trazer a mim mais esse problema...Como se já não fosse difícil o suficiente a separação em si, o seguir em frente com uma criança de 2 anos.
Peguei meu carro, corri até a casa dele, chamei a mãe e o irmão na sala. Contei tudo, absolutamente tudo. Repeti a parte que eles já sabiam, frisei o quanto ele precisa de ajuda.
Está tudo, tudo muito errado ali. Mesmo que eu não tenha o direito de julgar, está tudo errado ali.
Não tenho mais o que fazer por ele se ele, por si só, não quiser minha ajuda. A minha vida, as minhas escolhas já não dizem respeito a ele, e a recíproca é verdadeira. Não posso, nem que eu quisesse, me meter sem ser convidada.

Saí de lá arrasada.
De tristeza...de compaixão.
Quando você conhece uma família e vê ali uma situação horrível como essa, é impossível não se compadecer. Essa família, é sangue da minha filha, sabe? Não dá pra ficar indiferente...Chorei!
Rezei...
Hoje recebi uma ligação do irmão dele, mais uma vez, me pedindo pra emprestar o dinheiro.
Mais uma vez não é justo.
Mais uma vez não posso emprestar.
Não é justo tirar da minha filha para pagar dívida de jogo. Não assim...
Não é justo me sentir culpada dessde jeito por negar esse dinheiro.
Eu não era a única saber.
Antes de ensiná-lo como conseguir um empréstimo, contei ao irmão dele o que estava acontecendo.
Na quarta feira, o irmão foi encontrá-lo no bar por três vezes...Na quarta, ele não estava mais lá.
Não está certo me sentir culpada desse jeito.
Ele diz que corre o risco de ser mandado embora. Eu não vejo dessa forma.
Ele não viu dessa forma ao sair do banco e preferir ir ao bar do que simplesmente pagar a pessoa.
Não é justo, não pode ser justo!
E é triste, muito triste....
É triste porque, sem remover a causa, vai acontecer de novo, e de novo, e de novo....Até o fim.
E, é o fim que me entristece, que me verte as lágrimas.

É o fim que rasga a carne por não me restar mais nada a fazer, exceto assistir, friamente o fim chegar.
Sigo torcendo e rezando pra que finalmente chegue o dia em que aquela frase que ele me disse em Outubro de 2010 vire realidade...."Eu ainda vou te surpreender!".



Nenhum comentário:

Postar um comentário